6 de maio de 2015

Mãe, você é especial!

Há um tempo atrás li uma história, a qual fiz questão de guardar até hoje pois me emocionou bastante e quero reproduzi-lo na íntegra para você. Foi escrito por Maria Lucia Palma Latorre cujo titulo é: “O dia em que minha mãe transformou batatas em peras” Veja sua história: Minha mãe era analfabeta, mas sabia fazer contas como ninguém. Multiplicava os salgadinhos pelo preço unitário e chegava ao resultado antes mesmo de nós, os filhos, que sabíamos tabuada de cor. Ela não sabia ler, mas exigia que os filhos só tirassem boas notas na escola. Era dia das mães, eu tinha 15 anos. Morávamos em uma casinha simples e brilhante no interior do Paraná. Minha mãe havia recebido uma encomenda muito grande de salgadinhos e tinha ganho um bom dinheiro. 
Prometera que o almoço desse dia, além daquele frango maravilhoso que ela fazia como ninguém, teria uma sobremesa de surpresa. Estávamos acostumados aos doces de todo dia: mamão de cidra, de abóbora...Mas eram doces caseiros, doces que já não tinham a surpresa do sabor. Ficávamos imaginando qual seria a surpresa. Um pudim de leite condensado?  Morangos com chantilly? Era época de morangos? Domingo, mesa posta, a família reunida. Esperávamos meu pai, que tinha ido à igreja. No ar, uma alegria misturada com o mistério da sobremesa. Meu pai chegou, almoçamos..."E cadê a sobremesa??"Não havia nada na geladeira! Nada que nossas bisbilhotices pudessem ter descoberto! Minha mãe foi até seu quarto e, de dentro do armário tira uma caixa de papelão. Dentro, bem escondidas, embrulhadas em um jornal havia três latas de doces. De doces, como ela supunha que fossem..."Vejam só crianças..." - disse minha mãe - "...peras em calda!" Na foto que ilustrava a lata, as batatas eram facilmente confundidas com peras. Minha mãe que não sabia ler, não podia imaginar que existissem batatas em conserva. E em latas, como peras e pêssegos. Ninguém teve coragem de falar. Ou antes, ninguém queria falar. Minha mãe começou a abrir aquelas latas feliz e orgulhosa. Despejou o conteúdo em uma travessa, e acho que na excitação do ato, nem percebeu que eram batatas. Ela começou servir um por um. Todos quietos, recebendo suas porções sem saber o que dizer. O primeiro começou a comer, seguido por outro e outro que seguiam os demais. E de repente, éramos quatro filhos e um pai comendo batatas como se fossem peras. Minha mãe tinha o hábito de servir os filhos. Ficava andando pela cozinha e quase sempre só se sentava quando praticamente todos terminavam suas refeições. Quando terminamos de comer a sobremesa, - juro, juro que todo mundo comeu sua porção - minha mãe perguntou: "Estava bom??" Todos responderam que estava ótimo! Sobrou na tigela uma batata. Minha mãe disse que não queria, que não gostava de peras. Meu pai, rapidamente, falou: "Vou acabar com esse pedaço então. Tá muito bom!!" Minha mãe morreu em 2006. Nunca soube que serviu batatas de sobremesa. Porque para nós, foi a pera mais saborosa do mundo. Mesmo que não o tenha sido naquele dia, nas nossas lembranças, aquela cumplicidade, com que nós seus filhos nos comunicamos só com o olhar, transformou a batata azeda na fruta doce.” 
Querida amiga aquela mãe providenciou a sobremesa com tanto carinho que criara uma expectativa em todos que estavam à mesa e agora estes retribuíam-na com uma cumplicidade de amor e respeito. Talvez alguém diria: Ah! Não podemos ser hipócritas! Não! Não podemos, mas podemos ser bondosos. Como poderiam decepcioná-la? Frustra-la por tamanha bondade? Em muitas mesas talvez o dia das mães seria desastroso se algo assim ocorresse. Talvez o pai diria: - Você tem certeza que isto são peras? Você não viu o rótulo? – São batatas! E os filhos romperiam em risadas, a mãe ficaria envergonhada e decepcionada consigo mesma pois tinha investido além de suas economias, o seu coração, naquelas latas que supostamente seriam peras. 
A Bíblia  faz um alerta aos filhos(as): “Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá.”(Ex.20.12) Honrar não é somente dizer palavras bonitas em uma data especial. Honrar é demonstrar através de palavras e ações, uma atitude interior de estima e respeito pela posição que ocupam. No grego Honrar significa reverenciar, estimar e valorizar. Honrar é dar respeito não apenas pelo mérito mas pela posição (http://www.gotquestions.org/Portugues/honrar-pai-mae.html#ixzz3XISuYZfI) 
Eu sou mãe mas também sou filha, e hoje quero honrar a minha mãe, dizendo-lhe que a amo e valorizo tudo que ela fez por mim. Quero dedicar parte de meu tempo para sair de braços dados com ela, ir ao shopping, ver vitrines, tomar sorvete, telefonar para somente bater papo, jogar conversa fora, dar boas risadas, fazê-la sentir-se especial. E você? Quanto tempo faz que não liga para sua mãe? E não dedica tempo a ela?  Talvez você não a tenha mais, neste caso você pode dedicar tempo a alguém que lhe seja especial ou ainda àquela sua vizinha ou aquela irmãzinha de sua igreja que não tem ninguém por ela. Todos nós somos carentes de atenção. Não esperemos receber! Pois a bíblia diz que “É melhor dar do que receber”(At.20.35b).
O tempo passa rapidamente e logo restarão somente as lembranças. Pense nisso!

Márcia Amaral


Artigo publicado no jornal voz de Mulher Maio de 2015

21 de março de 2014

Mulher, criação de Deus

O que seria do mundo sem elas. Onde há mulheres há burburinho, de longe se ouvem as risadas.  São as conversas que estão sendo colocadas em dia. As vezes, em meio às risadas ouve-se também alguns soluços, é que as mulheres conseguem rir e chorar ao mesmo tempo. “coisa de mulher” . As mulheres não sabem a força que tem. Se soubessem talvez aproveitariam melhor as oportunidades, ficariam ainda mais atentas quando as mesmas batem à porta.
De um modo geral, as mulheres encaram a vida como um desafio a ser vencido todos os dias. Estão sempre de bem com vida, sorriso nos lábios, ainda que muitas vezes, as circunstâncias não lhe sejam favoráveis . Como àquela mulher sunamita ela diz: “está tudo bem” e realmente tudo ficará bem pois “com Cristo no barco tudo vai muito bem” o temporal há de passar e a bonança chegará. No entanto, com tristeza vejo mulheres que estão sempre de mal humor, semblante caído. As coisas nunca estão bem e nunca mudam. Entra ano e sai ano e tudo continua a mesma coisa, o tempo está passando, oportunidades estão sendo perdidas, oportunidades de dias melhores, oportunidades de relacionar-se com outras pessoas, de compartilhar experiências, de oferecer nem que seja apenas um olhar ou um sorriso.
Querida mulher, Jesus é a razão de nosso viver. Ele é a nossa alegria. A  Bíblia diz que “A alegria do Senhor é a nossa força” quer a formula da juventude? Da longevidade? Sorria sempre, ame a Deus acima de todas as coisas  e ao seu próximo como a si mesmo, livre-se da amargura e ressentimento. Decida que com a ajuda de Deus as coisas podem mudar. Por último , dê sempre graças a Deus. Que o Senhor te abençoe.  Parabéns Mulher pelo seu dia.
Com carinho, Márcia Amaral

14 de fevereiro de 2014

Bebês Fast Food



Estes dias, Uma reportagem na TV me chamou a atenção. Era sobre os chamados “Bebês Fast food” a reportagem contava a história de pelo menos três destes bebês os quais tendo menos de três anos de idade já estavam viciados em alimentos industrializados, ricos em gordura saturada, carboidratos, sal e açúcar.

Esta má alimentação aumentava drasticamente os riscos das mesmas adquirirem doenças tais como: hipertensão, colesterol alto, diabetes, anemia, problemas do coração e além é claro de se tornarem obesas. Surgiu então a pergunta: Como crianças nesta idade chegaram a esta situação? Os repórteres entrevistaram os pais e cada um tinha uma justificativa. Um disse que era sua comida favorita, adorava comer batatas fritas, frango frito (encharcado de gordura), hambúrgueres, a mãe dizia que não gostava de cozinhar e que comprar comida pronta era mais prático (porque não dizer mais cômodo?), Outro disse que não tinha coragem de dizer “Não” ao filho quando este lhe pedia batatas fritas. Depois de ouvi-los todos, chegou-se então a conclusão de que a culpa era dos Pais. Por mais que procuremos achar uma justificativa, a culpa é dos pais. Infelizmente hoje está cada vez mais comum situações como estas, pais que enganam a si mesmos dizendo que estão fazendo o melhor por seus filhos. 
A intenção pode ser boa mas querida leitora desculpe-me a franqueza, não é a correta. Pais que amam, educam, ensinam, orientam, tem coragem de dizer: NÃO! Amor implica em disciplina, compromisso e renúncia. Renunciar nossa própria vontade, e maus exemplos e fazer o que precisa ser feito; Fazer o que é certo. Criança saudável é aquela que come na hora certa e se alimenta de alimentos ricos em vitaminas, proteínas, sais minerais, etc. mas os cuidados não deve ser somente com o corpo mas com a mente também. 
A criança saudável é aquela que passa naturalmente por todas as fases. Os pais tem o dever de dar não só o alimento para o corpo mas para a mente e para a alma. Transmitir o que é bom, ensinar princípios básicos que o ajudarão na vida adulta como: Respeitar os mais velhos, dar lugar no ônibus, metrô ou trem, não enganar as pessoas, não falar palavras torpes ou chulas; Não falar mal dos outros; não discriminar, considerar os outros superiores a si mesmos, servir o próximo, Não furar fila, não jogar lixo em vias públicas ou destruir a natureza, Respeitar as autoridades instituídas sobre sua vida como o professor, O pastor, o líder de seu Dept, patrão, etc. 
Criança saudável é aquela que logo cedo é conduzida a Jesus e aprende a se alimentar de sua Palavra e a ter intimidade com Ele. Em Prov. 22.6 diz: Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele.
Vamos! Não desista, você foi escolhida para esta nobre missão. 
Que o Senhor te abençoe, Márcia Amaral

10 de janeiro de 2014

Uma mulher de fé

Certa mulher estava enferma, acometida de uma hemorragia fazia 12 anos. Ela gastara tudo que tinha com médicos mas nenhum conseguira resolver seu problema (Ler LC.8.43-48). Por ter um fluxo de sangue era considerada imunda segundo a lei e assim, não poderia ser tocada por ninguém e nem tão pouco tocar em outra pessoa. Você já imaginou o que é passar 12 anos sem ter contato físico com outra pessoa? Sem abraçar, sem beijar, sem ao menos dar a mão. A pessoa considerada imunda era uma “Excluída” da sociedade. Era ignorada, ninguém falava com ela, era humilhada, discriminada. Pelo fato de ter gastado tudo que tinha, talvez ela tenha também perdido sua casa e se tornado uma pedinte e ali à beira do caminho ela viu que uma grande multidão se aproximava, o burburinho das conversas era grande, ela procurou saber o que estava acontecendo e logo ficou sabendo que Jesus passaria por ali. 
A multidão se aproximava, O Mestre ia com pressa à caminho da casa de Jairo, cuja filha estava à morte. Aquela mulher percebeu que ainda havia uma esperança e não poderia desperdiça-la. Mas... como chegar até ele? A multidão lhe apertava e os discípulos não a deixariam se aproximar do Mestre. “Ela era imunda” lembra-se? Mesmo assim ela resolveu arriscar, eu imagino que ela se arrastou em meio à multidão, as pessoas a empurravam para lá e para cá mas ela não podia desistir, só mais um pouquinho... Só um toque... O Mestre não precisava lhe dar atenção, na verdade, ela não queria que ninguém a notasse, ela só queria ser sarada de seu mal. Eu tenho uma convicção pessoal que ela não se achava digna de olhar na face do Senhor. A Bíblia diz que ela então chegou por trás de Jesus e tocou na orla de seu manto. No mesmo instante, Jesus parou, olhou por todos os lados e perguntou: -Quem me tocou? Os discípulos talvez tenham dado aquela risadinha e disseram: Senhor, a multidão te aperta e o Senhor ainda pergunta: Quem me tocou? Jesus então respondeu: Alguém me tocou porque de mim saiu poder. Eu tenho para mim que Jesus já sabia quem o havia tocado, Ele sabe de todas as coisas. Aquele acontecimento não foi mera coincidência aliás, com Jesus, não há coincidência. Jesus ama a todas as pessoas, ama os fracos, os oprimidos, os excluídos e está pronto a socorrer àqueles que clamam por Ele(Jr.33.3). O dia daquela mulher havia chegado. –Quem me tocou? Talvez naquele instante, aquela mulher tenha pensado no que poderia lhe acontecer, ela, sendo imunda não poderia jamais tocar no mestre, ela já tinha sido hostilizada tantas vezes e agora não seria diferente. Um tanto temerosa, com voz quase inaldível ela disse:- Fui eu Senhor quem te tocou. Havia doze anos que eu tinha uma hemorragia e não houve quem me curasse mas quando eu toquei na borda do seu manto eu fui instantaneamente curada. Jesus, fixando o olhar naquela mulher disse: -Filha Vai em paz, a tua fé te curou! A coragem daquela mulher em testemunhar o milagre diante da multidão trouxe glória para o nome de Jesus. Creio que a cura que aquela mulher recebeu naquele dia não foi só física mas sua alma também foi totalmente restaurada pois Jesus não faz nada pela metade. E você querida irmã e amiga queres ser curada? Basta somente crer pois Jesus é aquele que te sara. 
Que o Senhor te abençoe. 
Márcia Amaral

1 de janeiro de 2014

Robeto Esteves

Era final de 1989. Exatamente dia 31 de dezembro. Estava grávida de meu terceiro filho. Nesta época pastoreávamos a igreja em Santana do Livramento, fronteira com a cidade de Rivera (Uruguai).
Estando já com 8 meses e meio as expectativas eram que a criança nascesse até 15 de janeiro. Estávamos ansiosos e preocupados pois Roberto viajaria para S. Paulo no dia 04, onde iria participar do Concílio Regional. Sendo assim, havia grande possibilidade que o bebê nascesse antes de sua volta. Apesar destas e outras preocupações, estávamos a pleno vapor quanto aos preparativos da passagem de ano que acontecia na igreja todos os anos. Com a barriga enorme, corria de um lado para o outro acertando os últimos detalhes. O culto que iniciou-se por volta da 21,30 horas foi uma benção, parecia que o céu descia até nós. Tomamos a ceia do Senhor e com muitos abraços e felicitações de um feliz ano novo todos nós nos despedimos. Ao chegar em casa, tudo já estava preparado para ceiarmos. Estavam conosco alguns irmãos e ali à volta da mesa agradecemos a Deus por estarmos entrando para um novo ano com saúde e a graça de Deus sobre nossas vidas. Pudemos testificar que durante todo o nosso ministério Deus não nos deixou faltar nada. O suprimento vinha à nossa mesa todos dias. Fomos dormir por volta das 3 horas da manhã. Planejava dormir até tarde mas fui despertada por fortes dores em minha barriga. Comecei a marcar o tempo e percebi que eram contrações e que ficavam cada vez menos espaçadas. Rapidamente me levantei, me arrumei, fiz café e então chamei Roberto. O bebê iria nascer logo. – Roberto, Vamos! O bebê está querendo nascer. Ele levou um susto, deu um pulo da cama, se arrumou e saímos rapidamente para o hospital. A Casa de Saúde fica bem na divisa do Brasil com o Uruguai. Chegamos por volta de 9 horas da manhã e fomos logo atendidos. As contrações aumentavam a cada minuto. Me levaram rapidamente para a Sala de cirurgia e pouco antes das 10 horas Nosso filho havia nascido. Ao ouvir o seu choro, também chorei, pois já era esperado com muito carinho. Roberto Esteves nasceu saudável com 4.150 gramas, 53 cm, era bem moreninho e com o cabelo bem pretinho. Eu o achei lindo. Como tudo correra bem no parto, tive alta no fim da tarde. Roberto viajou dois dias após o nascimento de nosso filho retornando 15 dias depois. Percebemos como Deus havia cuidado de todos os detalhes e nosso filho nascera antes de sua viagem. Os próximos três meses foram bem agitados, Esteves tinha muita cólica e chorava muito. Aos poucos as coisas foram chegando no seu devido lugar. Ele crescia e estava cada vez mais bonito. Aos 6 meses os dentinhos começaram a aparecer e com 1 aninho andou sozinho. Roberto Esteves era bem sério e não gostava de bajulação, não dava muita bola para os “bilu bilu tetéia”. Em 1991 fomos transferidos para S.Paulo, Esteves estava com 1 ano e um mês. Novos desafios nos aguardavam na nova igreja. Nossos filhos estavam se adaptando à realidade da capital. No final de 1991 ou 1992(não me lembro exatamente a data) quase perdemos nosso filho Esteves, Ele ouviu seus irmãos dizerem que iam comprar bala e sem que percebêssemos ele saiu para ir atrás deles. Quando nos demos por conta, ele já havia sumido. Creio que demoramos pelo menos umas duas horas para encontra-lo. Numa cidade grande como S.Paulo tínha grandes probabilidades de não encontra-lo. Esteves também levou duas grandes quedas que poderiam ter sido fatais: A primeira foi na cidade de Pelotas(RS) creio que no final de 1990. A mesma fazia parte de nossa rota quando saíamos para visitar o Campo Missionário do Sul. A segunda grande queda foi já em S.Paulo. Havíamos acabado de chegar. Roberto viajara para o Campo missionário do Paraguai e Argentina e eu ficara sozinha com os meninos. Jessé muito solícito resolveu descer com o Esteves para dar uma volta. Na casa pastoral havia uma rampa e uma escada que dava acesso ao pátio da igreja. Jessé foi então empurrando o carrinho rampa abaixo e agora chegara à escada, quando chegou no topo da escada ele não conseguiu segura-lo e ele desceu escada abaixo em alta velocidade e o pobre do Esteves caiu de cara no chão. Um galo enorme e horroroso se formou em sua testa mas graças ao bom Deus foi só. Mais uma vez o Senhor o livrou de complicações maiores. Houve uma outra ocasião que ele teve um livramento muito grande. Desta vez foi em Arujabel (S.Paulo) por ocasião do 1º Congresso Geral de Missões quando ele quase se afogou na piscina enquanto brincava. O Senhor mais uma vez o livrou. Roberto Esteves sempre foi muito dedicado em tudo que fazia. Desde criança ele já sabia o que queria e bem cedo estabeleceu suas metas para o futuro. Começou a trabalhar cedo e sempre procurou cumprir com seus deveres. Ele é um rapaz talentoso e com muita criatividade. Desde pequeno gostava de escrever poesias e estórias. Hoje ele está envolvido no grupo de teatro de nossa igreja e também é muito comprometido com aquilo que faz. Esteves não gostava de perder uma EBD. Certa manhã de domingo estava bem frio e chuvoso, havíamos tido um sábado bem agitado e eu vacilei. Fiquei com pena de chama-lo para a irmos a EBD. Deixei-o dormindo, por voltas de 9,30H quem chegava na igreja? Roberto Esteves. Naquele dia levei uma lição pois ele me deu uma bela bronca e me inquiriu porque eu não o havia chamado. Nesta ocasião ele tinha uns 8 anos de idade. Teria muito mais para contar mas vou parar por aqui.

Querido filho, hoje você completa mais um ano de vida. 24 anos mais precisamente. 24 anos de vitória. Temos hoje muitos motivos para dar glórias a Deus. Posso dizer com toda a convicção que Deus tem um propósito para com a sua vida. Portanto, faça valer tudo o que o Senhor tem feito. Você é muito especial para mim mas principalmente para Deus. Todo o seu trabalho e esforço destes últimos anos não tem sido em vão. Temos muito orgulho de você e te amamos muito. 
Hoje 1º de janeiro não deve ser um dia chato, sem graça mas sim de muita celebração e muita alegria pois é seu aniversário. Parabéns! Marcia Amaral

10 de dezembro de 2013

Peraltices de natal

Era dezembro, começávamos a respirar os ares do natal. O tempo estava úmido, uma garoa fina caia já fazia alguns dias ao mesmo tempo em que sentíamos o ar quente e abafado do verão. Eu e meus irmãos já estávamos de férias e dentro de casa sem muita coisa para fazer dávamos vazão à imaginação tramando a próxima peraltice. Aguardávamos ansiosos pelo dia de natal quando como de costume ganharíamos os nossos presentes os quais eram colocados debaixo da cama. Pensávamos que o bom velhinho com barbas brancas passaria após adormecermos a fim de deixar o que tínhamos pedido. Tentávamos nos manter acordados mas como já era de se esperar: adormecíamos.Eu já estava crescendo e tinha certa desconfiança de que na verdade quem comprava os presentes era papai. Foi então que embora relutassem consegui persuadir meus dois irmãos a encontrarmos o local onde papai guardava os presentes. Modéstia parte, sempre fui uma boa detetive, sempre gostei de desvendar mistérios. Isto talvez me desafiou e me motivou a procurar o tal esconderijo. Agora, era uma questão de honra.

Certo dia, nos encontrávamos sozinhos. Papai havia saído cedo para trabalhar e mamãe também não se encontrava em casa, não me lembro onde ela foi mas me lembro de ter a certeza de que ela não voltaria tão cedo. Era o momento oportuno para revirarmos a casa em busca dos pacotes. Mas, onde estariam estes presentes? eu já havia procurado nos locais mais fáceis como dentro e em cima dos guarda roupas, atrás de armários... na verdade, não havia muitos lugares para se procurar a não ser que... Mas é claro, só poderia estar em cima do forro. Papai costumava guardar ali através de um alçapão feito no teto da cozinha as ferramentas e coisas que ele queria conservar. Com certeza eles estavam ali. Mas tinha um problema, era muito alto, nós éramos pequenos e parecia impossível alcançar o teto da cozinha. Resolvemos usar a mesa, ela era de madeira bem rústica e forte o que era o principal, ela não era suficiente para alcançar, colocamos então, em cima da mesa uma cadeira. Bem, vamos ver se já consigo alcançar, disse a meus irmãos, subi na mesa e depois na cadeira, estiquei os pés até ficar na pontinha e também os braços, não! Ainda não conseguia alcançar, faltava um pouquinho para chegar lá. O que poderíamos colocar? Ah! Já sei, sabe aquela lata de tinta? Perguntei a meu irmão, pegue-a e vamos colocar em cima da cadeira. Ele buscou-a e nós a colocamos em cima da cadeira,tentei mais uma vez, Ah! Agora sim, agora vamos ver o que tem aqui em cima, enquanto eu estava lá no alto perto do teto da cozinha, meus irmãos estavam em baixo curiosos para saber se nossos presentes estavam lá. Tirei a tampa do forro e devagarzinho, com certo medo de cair olhei lá para dentro. Confesso que meu coração disparou e meus olhos devem ter brilhado ao descobrir que os pacotes estavam lá. Para falar a verdade não sei se o prazer foi maior por saber que teríamos presentes no natal ou por ter superado meu pai ao encontrá-los. Comecei então a beliscá-los, bem no cantinho para ver o que tinha dentro. Puxa! meu jogo de damas! Que legal! Dizia a meus irmãos, eles ficaram eufóricos, veja se o meu está aí? Veja se o meu está ai? Fui então beliscando um por um até saber se os presentes pedidos estavam todos lá. Sim! Papai havia se lembrado de todos. A missão estava completa, estava orgulhosa de mim mesma. Desci cuidadosamente da armadilha que nós havíamos construído, rapidamente colocamos as coisas no lugar para que mamãe não percebesse. Ficamos rindo por dentro, de satisfação, nos gabando por termos conseguido driblar a segurança. 
Esta peraltice poderia ter tido graves consequências, eu poderia ter caído e me machucado mas esta, é uma outra história. Tive certeza naquele dia que Papai Noel não era real. No fundo, no fundo, talvez tenha ficado decepcionada, não sei, não me lembro; só sei que durante toda a minha vida, alguém que é maior que Papai Noel tem preenchido a minha vida totalmente. Ele é real, seu amor é maior que o mundo. Ele é chamado de Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Is. 9:6). Seu nome é Jesus! o presente de Deus para mim, para você e para toda a humanidade . (jo.3.16) 

Marcia Amaral

10 de novembro de 2013

Quartinho da bagunça

Tempos atrás resolvi fazer uma reforma no meu “quartinho da bagunça” e precisei tirar tudo para fora a fim de que o pedreiro pudesse trabalhar. Enquanto as tirava, ia descobrindo coisas antigas e interessantes guardadas ali já a algum tempo e que nem me lembrava mais. Cada vez que encontrava algo significativo dava uma parada, respirava fundo e enquanto acariciava a minha “grande descoberta” um turbilhão de lembranças vinha à mente. 
Lembranças de um passado que não voltará jamais. Encontrei meu cavalinho de borracha, papai me dera de presente quando eu ainda era um bebê. Me lembrei que eu brinquei com ele durante toda a minha infância. Meus três filhos também brincaram com ele.  
No entanto ele continuava ali, inteirinho, firme e forte. Mais um pouco de trabalho e que surpresa! o “casal de noivinhos” que fora colocado em cima do meu bolo de casamento. Eu o havia conservado guardadinho dentro de uma caixinha para que não se quebrasse. Lembrei-me de como o Senhor havia suprindo todas as nossas necessidades, realizando em nós “muito mais do que havíamos pedido e pensado”. No entanto, à medida que fui avançando na minha limpeza, percebi que havia muitas outras coisas que eu havia guardado, que eram desnecessárias e não passavam de sucatas. Eu precisava me livrar delas, Não podia guarda-las se eu quisesse que o meu “quartinho da bagunça” se tornasse um local aconchegante e habitável. Isto me fez lembrar que em nossa vida acontece da mesma forma, com o passar dos anos vamos acumulando coisas desnecessárias, que não acrescentam nada, muito pelo contrário, faz com que o nosso quartinho(coração) vá ficando cada dia mais bagunçado, sujo e desabitavel. Faxina não é fácil, exige de nós, renúncia e trabalho pesado. No entanto é necessário que tomemos a decisão, e comecemos logo a jogar fora tudo aquilo que não precisamos mais. A amargura, mágoas, ressentimentos, ira, lembranças negativas que não nos deixam crescer e nem avançar. Em II Co.7.1 diz: “... Por isso purifiquemos a nós mesmos de tudo o que torna impuro o nosso corpo e a nossa alma. E, temendo a Deus, vivamos uma vida completamente dedicada a ele.” Jesus não nos deixará vazios, ao invés de tristeza e amargura Ele promete nos encher de alegria. At.2.28: Tu me tens ensinado os caminhos que levam à vida, e a tua presença me encherá de alegria. Querida irmã, que o senhor te encha de graça, sabedoria, força e ousadia para esta tão grande empreitada. Com carinho, Márcia Amaral